UploadLisboa 2.0 | Pergunto eu.

Upload Lisboa 2.0

…o último orador acaba de falar e é dada voz à plateia. Finalmente o Armando Alves toca no tema “educação”. Fico de braço no ar mas infelizmente não havia mais tempo. Era hora de ir ver a bola.
E o que deixei eu de perguntar de braço no ar?

“Olá, o meu nome é Rui Quinta. Gostaria de saber o nome e o número de telefone daquela rapariga vestida de preto que anda a levar o microfone às pessoas da plateia. É mesmo muito gira…e já que me deram esta oportunidade, vou aproveitá-la.”

Esta intro não era mais do que um pretexto para ir directo à questão principal que tinha para fazer aos oradores Fernando Baptista e Filipe Carrera.
Fiquei espantado quando ouvi o Filipe Carrera dizer que o facebook nos pode poupar toda a bullshit de conversa que temos com uma miúda quando estamos naquela fase das perguntas “do que é que gostas”, “o que é que ouves”, etc. Através do facebook eliminamos toda essa conversa desnecessária e sabemos à partida que temos uma base sólida para construir uma relação, pois já vimos no perfil dela, que tinha os mesmo interesses que nós…
Sendo assim, toca de fazer forward à parte da descoberta pelo outro que não interessa para nada.

Depois do Carrera, ouvi com estupefacção o que o Fernando Baptista disse quando passou por cima de um seu slide que mostrava um beijo entre um casal – “É isto que queremos? Não!”
Mas o que me espantou mais nesta apresentação foi quando o orador falou do caso prático do rumoantarctica – Luís Monteiro”. Segundo o Fernando, que ajudou a montar (com sucesso) o projecto, o Luís (o rapaz que queria ir ver uns pingús…) nem sempre tinha tempo para actualizar o facebook e o twitter e por esse motivo era uma outra pessoa que escrevia por ele. Ainda assim, de vez em quando, o Luis lá arranjava tempo para escrever uma ou outra vez e quando isso acontecia, toda a gente percebia que era ele, porque o Luís é uma pessoa especial e mete a palavra “BRUTAL” em tudo o que é frase. Brutal não? (não, não foi o Luís que escreveu esta frase). E pronto, está explicado.
Na altura em que o Fernando falava sobre este caso, interrompi-o e gritei “BRUUUTAL”…peço desculpa por ter roçado a má educação mas tinha que me fazer entender. As palavras lidas não substituem as ouvidas. E ali estava eu a apresentar-me fisicamente e cara a cara ao Fernando.

Para quem não sabe, nesta conferência existiam duas telas. Numa estava projectada a apresentação do orador e na outra, nas costas dos oradores, um canal do twitter onde se liam mensagens enviadas pela plateia através de iphones (e um ou outro blackberry!). Minto se disser que não tive vontade de twittar um “viva o benfica” ou coisa que o valha. Mas por vezes (vezes de mais) ultrapassaram-se os limites. Alguns oradores com conteúdos fortes foram literalmente gozados em tempo real.

“Voltando ao início e às perguntas que tinha para fazer…
- Qual a diferença entre pedir o número de telefone da miúda da organização de microfone em punho de frente para uma plateia de 250 pessoas e engatar uma chavala no Facebook?
e…
- Qual é a diferença entre interromper o Fernando na cara ou twittá-lo nas costas?

E já agora, aproveito para vos perguntar se acharam as minhas perguntas conservadoras?

2 Comentários a “UploadLisboa 2.0 | Pergunto eu.”

  1. [...] frase, vinda de dois “homens digitais” deixa-me contente. Há dois anos atrás tinha-me irritado no Upload Lisboa (nada contra a Virgínia, sei quanto esforço está por detrás desta [...]

  2. Para alem do CVG até no 1º upload nos cruzamos! A minha apresentação (e da Flavia) escapou à analise mas que nos cruzámos cruzámos! :)

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