Valeu a pena sonhar com o Inception.
24 de Julho de 2010Gozem comigo os que acharem que sou parvo ou que estou a sonhar.
Gosto de filmes como o Fight Club que me fazem andar à porrada depois de sair da sala.
Gosto de filme como o Truman Show, como a ciência dos sonhos, ou o Inception que vi esta noite. São filmes que depois de me fazerem pensar – uns mais, outros menos – me fazem pensar sobre o que estou a pensar. E hoje já me dói-me a cabeça só de pensar que o C. Nolan – sendo um gajo inteligente – não era rapaz para fazer um filme parvo. Longe disso. Um homem fez um sonho. Há 10 anos sonhou com isso, aprofundou o tema como se vê pelo cruzamento interessante de ideias que vão desde o estudo de algumas novas abordagens “surreais” da física como os universos paralelos, à neurociência e ao estudo do processo da memória que ao que parece está linkado por níveis.
O sonho, esse também está lá, e tal como o tempo que levamos entre o fechar e abrir de olhos, mantém-nos acordados e ligados à realidade. O sonho diz ao nosso corpo que estamos vivos e prepara-nos para a realidade, onde o nosso cérebro, curiosamente, se comporta de forma mais adormecida.
Repito poucos filmes, mas cheira-me que esta semana passo outra vez por lá. Não porque precise de resolver alguma coisa na minha cabeça – o filme não é difícil – mas porque vale a pena.